Por vezes as circunstâncias da vida obrigam-nos a desacelerar. Há a necessidade de parar de planear o futuro, parar de nos preocuparmos com tudo e mais alguma coisa, parar de tomar decisões e apenas deixar a vida acontecer. Nem sempre os astros estão alinhados a nosso favor e por mais que se queira, o universo conspira contra nós. Seja por excesso de trabalho, o que pode levar a um cansaço extremo ou por estarmos constantemente a ser bombardeados com informação desnecessária ou simplesmente porque alguém que nos é muito querido adoece de forma inesperada. Foi isto que aconteceu nos primeiros dias de Agosto, um mês que fica marcado de forma menos positiva, com horas passadas entre urgências e hospitais, consultas e muitas preocupações. Um episódio inesperado, que não passou de um grande susto, agora controlado, mas que poderia ter terminado de uma forma menos feliz. É a vida a sussurrar-nos ao ouvido, dizendo que há a necessidade de abrandar, viver mais cada momento, apreciar as pequenas coisas e estar mais perto daqueles que amamos.
Enquanto isso, o verão corre em passos acelerados. Agosto está quase a terminar e lá ao fundo já se vislumbram as tão desejadas férias. Mal posso esperar por rumar ao meu querido sul, aos sítios onde me sinto verdadeiramente feliz, às pessoas que me fazem sentir bem. Anseio pelas caminhadas até à praia, pelos longos passeios à beira mar, de pés descalços. Pelo azul do céu que se funde com o mar, por mais mergulhos na água salgada e pelos pores-do-sol mais lindos que Setembro tem para oferecer. Pelos sabores das terras do sul, pelas frutas e os cheiros dos mercados. Por dias tranquilos, sem horários e responsabilidades.
Até lá abrando um pouco e vou saboreando ao máximo cada momento, agradecendo sempre por tudo o que tenho, pelas oportunidades e pelas pessoas boas que me rodeiam. Vou adoptando cada vez mais um estilo de vida slowliving e saboreando as manhãs, quando posso, com pequenos almoços mais nutritivos e demorados. Não dispenso as minhas tigelas cheias de fruta, com granola e manteiga de amendoim. Mas havendo tempo, umas panquecas são sempre uma boa opção. Para saborear devagar, sem pressas. Basta uma mão cheia de bons ingredientes e uma receita bem simples como esta que transcrevo mais abaixo. Escolhi a alfarroba por ser um sabor que adoro, que me traz tão boas memórias do sul e que faz destas umas panquecas diferentes, nutritivas e bem gulosas. Para simplificar, usei a Farinha de Trigo e Alfarroba da Nacional, uma marca centenária e inovadora que quase dispensa apresentações. Esta farinha, que foi desenvolvida para todos os usos culinários, já vem misturada e nas proporções certas. Asseguro que podemos fazer com ela um pão delicioso, mas também serve para fazer bolos, tartes, bolachas, biscoitos ou panquecas. Combina a vagem da alfarroba e a espiga do trigo, conferindo um sabor único e adocicado às nossas receitas.
Panquecas de Alfarroba
Ingredientes:
| 150 g de Farinha de Trigo e Alfarroba da Nacional
| 1 c. (sopa) de açúcar amarelo
| 1 ovo
| 150 ml de bebida vegetal de aveia
| 40 ml de óleo vegetal
| crème fraîche para servir (opcional)
| nozes picadas q.b.
| frutos vermelhos q.b
| mel
Preparação:
1 . Numa taça junte a farinha, o bicarbonato o açúcar e misture. Adicione o ovo, a bebida vegetal, o óleo e misture bem durante alguns segundos com uma vara de arames, até a massa ficar uniforme.
2 . Leve ao lume uma frigideira pequena, de preferência anti-aderente, deixe-a aquecer e unte-a com um fio de óleo vegetal. Use uma concha e verta uma porção de massa, deixando cozinhar de ambos os lados, virando com uma espátula e até a panqueca ficar douradinha. Retire e repita a operação com a restante massa.
Bom dia
ResponderEliminarQue a vida lhe volte a sorrir, às vezes temos mesmo que parar, obrigada pela receita devem ser deliciosas vou experimentar. Obrigada
Olá Natália!
EliminarMuito obrigado pelas palavras. A vida irá sorrir-nos de novo, com certeza. Estes momentos tornam-nos ainda mais fortes e positivos. Fico feliz por gostar da receita.
Um beijinho.
Ainda bem que foi só um susto, agora é descansar e abrandar o ritmo. Nem sempre é fácil com as mil e uma coisas que queremos fazer no dia a dia.
ResponderEliminarEssas panquecas ficaram com ótimo aspeto.
Beijinhos,
Clarinha
https://receitasetruquesdaclarinha.blogspot.com/2019/08/de-volta-e-um-arroz-trapalhao.html
É isso mesmo Clarinha. Nada como abrandar e ganhar forças para continuar em frente. Temos de aprender a ser selectivos e a viver com aquilo que nos faz realmente felizes. :)
EliminarMuito obrigado e um beijinho.