Enchiladas Vegan


Finalmente chegou o Verão! E digo finalmente, não por ser a minha estação do ano preferida mas porque ansiava por estes dias grandes, mais quentes e luminosos, que convidam a sair de casa e a estar em contacto com a Natureza. Ainda que, atendendo a toda a situação pandémica que vivemos, não me tenha apercebido muito bem como de repente chegámos a meio do ano, mas a verdade é que os dias não param de contar no calendário. Aos poucos e com as devidas precauções, começamos a desconfinar deste pesadelo viral e retomamos as nossas vidas ditas normais. Lentamente vamos revendo amigos e familiares e, ainda que em pequenos grupos, podemos ir matando saudades daqueles que mais gostamos. E qual a melhor forma de reunir amigos e família num dia de Verão?! À volta de uma mesa cheia de boa comida, pois claro. Estes dias convidam a fazer um piquenique ou a colocar a mesa no jardim ou mesmo na varanda e a aproveitar o ar livre. Queremos refeições mais leves e práticas, preparadas com ingredientes locais e sazonais, um bom vinho a acompanhar e muitas gargalhadas.


O Verão é aquela estação do ano que nos oferece toda uma variedade infindável de frutos e legumes cheios de cor e sabor. Um dos frutos que mais adoro saborear nesta altura do ano é o tomate. Seja em sopas ou saladas, cru ou cozinhado, recheado ou como molho para pizzas ou outros pratos, o tomate está agora no seu auge de sabor. Ao longo do ano é difícil encontrar um bom tomate e para isso existe a marca portuguesa Guloso que oferece toda uma gama de conserva pronta a dar cor e sabor aos nossos cozinhados. Tomate 100% natural, cultivado na região do Ribatejo, sem qualquer tipo de conservantes ou outros aditivos, apresenta-se de forma simples ou temperado, em pedaços, puré ou ainda concentrado. Costumo ter sempre em casa este tipo de produtos à base de tomate, pois para além de ajudarem a ganhar tempo para passarmos como e com quem mais gostamos, são ainda a base perfeita para vários pratos portugueses e não só.

Desafiado pela Guloso a criar uma receita com um dos seus produtos da gama tomate temperado, não hesitei em escolher o Tomate Guloso Pedaços Cebola & Alho. É a base de todos os refogados e de todos ou quase todos os pratos tipicamente portugueses. Pratos que aquecem a alma e que nos transportam para boas memórias ou, neste caso, para outros continentes. Preparei umas enchiladas, uma receita típica do México, cheia de cor e muito sabor. Bem condimentada, pode ser preparada com carne ou frango, mas eu prefiro uma versão vegan, feita com feijão preto e perfeita para saborear em família, num destes dias de Verão.






Enchiladas Vegan

Ingredientes:
| azeite qb
| 1 cebola média
| 1/2 pimento vermelho
| 1/2 pimento amarelo
| 2 dentes de alho
| 500 g de feijão preto cozido              
| 150 g de milho doce cozido
| 3 cebolinhas                                      
| 1/2 pimento chili picado
| 1 ramo de coentros picados
| 1/2 c. (chá) de cominhos em pó
| sal e pimenta
| sumo de 1 lima
| 8 tortilhas de trigo
| queijo mozarela vegan ralado

Preparação:
1 . Coloque o Tomate Guloso Pedaços Cebola & Alho num copo fundo ou num processador, triture até obter um molho homogéneo e reserve.

2 . Leve uma frigideira ao lume com um fio de azeite e a cebola picada. Salteie até a cebola alourar e adicione os pimentos aos cubos e os dentes de alho picados, salteando mais um pouco.

3 . Adicione o feijão cozido, o milho, as cebolinhas, o pimento chili e os coentros. Tempere com os cominhos, sal e pimenta, regue com o sumo de lima e deixe cozinhar um pouco. Adicione metade do molho de tomate reservado e cozinhe alguns minutos, mexendo de vez em quando e deixando a mistura reduzir.

4 . Divida o preparado pelas tortilhas, enrole-as e disponha-as num recipiente ou frigideira que possa ir ao forno.

5 . Verta o resto do molho de tomate sobre as tortilhas e polvilhe a gosto com queijo mozarela ralado. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC durante 20 minutos e sirva as enchiladas ainda quentes, polvilhadas de cebolinhas, milho e pimento chili (opcional).






Cheesecake de Manga e Maracujá


Finalmente chegaram os dias mais quentes. Já apetece colocar a mesa no jardim ou na varanda e saborear uma deliciosa refeição ao ar livre. Encher uma mesa de boa comida, um bom vinho a acompanhar, juntar a família e apreciar o momento. As refeições que nos levavam a ligar o forno ou a colocar o tacho ao lume, são agora substituídas por outras mais leves e ligeiras. As saladas e os grelhados começam a ter agora um lugar privilegiado à mesa. Por aqui são sempre os pratos preferidos desta estação e sempre preparados com ingredientes frescos, saudáveis e sazonais. A simplicidade de misturar algumas folhas verdes com frutos da época, sementes ou frutos secos é algo que me deixa feliz. Legumes crus ou grelhados também são sempre uma boa escolha. A criatividade na cozinha não tem limites e o importante é sentirmo-nos bem com aquilo que escolhemos comer. 


E se apetecem pratos mais leves e frescos, o mesmo acontece com as sobremesas. Nesta altura são as tartes de fruta, os semifrios e os cheesecakes que conquistam os nossos paladares. Assim como os gelados e os pudins. Foi a pensar numa dessas refeições ao ar livre, num dia de sol, que preparei um delicioso cheesecake para partilhar. Uma mistura equilibrada de sabores tropicais que apetece repetir, fatia atrás de fatia. Nesta receita decidi inovar, fugindo ao tradicional cheesecake com base de bolacha e optei antes por criar uma base mais crocante, preparada com os Corn Flakes Zero% da Nacional. Por não terem qualquer tipo de açúcares adicionados, juntei aos cereais um fio de mel para adoçar. O resultado é surpreendente e vale mesmo apena experimentar.

Para além dos cereais Corn Flakes Zero%, a Nacional apresenta uma vasta gama de cereais de pequeno almoço, quer para crianças quer para adultos e para todos os gostos. Conheçam todos os produtos no site da marca, onde podem também consultar esta e outras receitas deliciosas que certamente vos irão inspirar.






Cheesecake de Manga e Maracujá

Ingredientes:
{para a base}
| 120 g de manteiga
| 2 c. (sopa) de mel
{para o recheio}
| 200 g de queijo creme
| 250 g de mascarpone
| 80 g de açúcar
| 200 ml de natas com 35%MG                  
| 5 folhas de gelatina
| 250 g de polpa de manga
{para a cobertura}
| 1/2 chávena de polpa de maracujá
| 1 c. (sopa) de amido de milho

Preparação:
1 . Triture os Corn Flakes Zero% da Nacional num processador. Adicione a manteiga e o mel e volte a triturar. Forre o fundo de uma forma de aro amovível com o preparado, pressionando bem com os dedos, a fim de formar uma camada uniforme. Reserve no frigorífico.

2 . Demolhe as folhas de gelatina e reserve. 

3 . Triture a polpa de manga e reserve.

4 . Bata o queijo creme com o mascarpone e o açúcar. Adicione as natas, que devem estar bem frias, e volte a bater.

5 . Escorra as folhas de gelatina e leve-as a derreter ao microondas por breves segundos. Adicione algumas colheradas de polpa de manga à gelatina derretida e envolva bem. Devolva esta mistura à restante polpa, misture bem e incorpore no preparado de queijo e natas, envolvendo com uma espátula.

6 . Verta o recheio sobre a base de Corn Flakes e alise a superfície com uma espátula. Leve o cheesecake ao frigorífico durante pelo menos 4 horas ou, idealmente, de um dia para o outro.

7 . Prepare a cobertura, levando um tacho ao lume com a polpa de maracujá e o amido. Mexa com uma vara de arames até levantar fervura. Nesse momento retire o tacho do lume e deixe arrefecer completamente.

8 . Desenforme o cheesecake e cubra-o com a polpa de maracujá. Decore a gosto com fruta e reserve no frigorífico até à hora de servir.





Tarte Frangipane de Ruibarbo


Quem me conhece ou segue o meu trabalho sabe que eu sou fã assumido de ruibarbo. Sempre que o encontro à venda não resisto a comprar e a repetir ou experimentar novas receitas com ele. Não é, infelizmente, muito conhecido por cá e sempre que publico uma receita nova recebo imensas questões a perguntar onde se pode encontrar, qual é o seu sabor e para que serve. Pois bem, encontrar ruibarbo não é de todo uma tarefa fácil. Eu já cheguei a comprar online numa quinta no norte do país, já comprei também em alguns supermercados comuns (sendo mais difícil de encontrar e quase que temos de vender um rim para o comprar) e também já encontrei no Mercado da Ribeira, em Lisboa. Há cerca de três anos tive a sorte de encontrar uma senhora que me enviou uma grande quantidade e nesse ano pude fazer umas quantas receitas. Mas o ideal é procurarem mesmo em mercados biológicos e de rua. Este ano acabei por comprar na Horta do Bairro, em Lisboa. Para quem não tem disponibilidade para ir à loja, pode encomendar online e eles enviam para todo o país. A qualidade é excelente e o ruibarbo é fresco e vermelhinho como se quer. 


Muitas vezes existe a dúvida se o ruibarbo é um fruto ou um legume, uma vez que a planta apresenta umas folhas largas e verdes. Pois bem, é mesmo um legume. Mas as folhas, por serem venenosas, não poderão ser consumidas. Apenas os talos servem para consumo e, neste caso, são utilizados como se de um fruto se tratasse. O sabor é ácido, mas fica delicioso depois de cozinhado e combinado com outros frutos. É óptimo em tartes e bolos mas a sua utilização não se limita apenas às sobremesas. Pode ser usado para fazer xaropes, para aromatizar águas ou mesmo em receitas salgadas, como acompanhamento de alguns pratos ou na forma de chutney. Eu confesso que é nas sobremesas que mais gosto de o saborear.

A receita de hoje é uma tarte frangipane, cuja base e recheio funcionam na perfeição com o ruibarbo mas também com outros frutos. Eu diria que é uma tarte perfeita em termos de sabor e textura. Apesar de perder aquele padrão vibrante que as cores do ruibarbo apresentam, depois de ir ao forno, o sabor é qualquer coisa de divinal. A acidez do ruibarbo combina perfeitamente bem com o recheio de amêndoa. É uma tarte perfeita para saborear num dia quente de verão, acompanhada de uma bola de gelado, claro. Não deixem de experimentar!






Tarte Frangipane de Ruibarbo

Ingredientes:
{para a base}
| 180 g de farinha s/ fermento
| 1 pitada de sal
| 1 c. (sopa) de açúcar amarelo
| 110 g de manteiga fria
| 2 c. (sopa) de água fria
{para o recheio e cobertura}
| 125 g de açúcar amarelo
| 125 g de manteiga à temp. ambiente
| 1 ovo + 1 gema
| 125 g de amêndoa moída
| raspa de 1 limão
| 3 talos de ruibarbo
| maple syrup (ou agáve)
| açúcar mascavado para polvilhar

Preparação:
1 . Num robot de cozinha coloque os ingredientes secos e a manteiga fria em cubos. Aos poucos vá adicionando a água enquanto dá uns toques de turbo até obter uma massa homogénea e moldável (em alternativa pode amassar à mão). Forme uma bola, envolva em película aderente e leve ao frigorífico durante 30 minutos.

2 . Estenda a massa com o rolo e forre com ela uma carteira de fundo amovível com cerca de 24 cm. Leve ao frigorífico deixando a massa descansar por mais 1 hora.

3 . Pré-aqueça o forno a 180ºC. Forre a massa da tarte com papel de alumínio e cubra com leguminosas secas (isto evitará que a massa fresca e os bordos da tarte colapsem). Leve ao forno por 18-20 minutos.

4 . Entretanto prepare o recheio. Bata a manteiga com o açúcar durante 5 minutos. Adicione o ovo e a gema e bata por mais 2 minutos.

5 . Adicione a raspa de limão e a amêndoa moída e envolva com uma espátula, até estar bem incorporado. Verta o preparado sobre a base da tarte e alise bem a superfície com uma espátula.

6 . Corte os talos do ruibarbo em pedaços iguais e distribua-os sobre a massa, formando um padrão geométrico. Pincele com maple syrup ou agáve e polvilhe com açúcar mascavado.

7 . Leve a tarte ao forno, pré-aquecido a 180ºC, durante 50 minutos ou até a tarte começar a ficar  bem dourada. 

8 . Retire a tarte do forno, desenforme e deixe arrefecer sobre uma grelha. Pode servir ainda ainda morna, acompanhada de uma bola de gelado.






Brioche de Mascarpone


Quem me conhece sabe que nutro uma paixão por massas lêvedas. Tal como a arte de fazer pão, fascina-me todo o processo de preparação destas massas, desde que se começam a misturar os ingredientes, passando pelo amassar, moldar a massa, deixar levedar e apreciar o resultado final. Na Páscoa perco-me com os folares, no Natal há os entrançados e os panettones e ao longo do ano não resisto a experimentar novas receitas de pão doce, como é o caso destes brioches ou os rolinhos de canela, nas suas mais variadas versões. No que diz respeito aos brioches, gosto de massas leves e arejadas, que ficam bem fofas e que se aguentam assim por uns dias. Nesta quarentena voltei a fazer esta receita que já havia experimentado e aprovado. Então pensei, porque não partilhar no blog, uma vez que passou a ser das receitas de brioche favoritas cá em casa?!


A receita é muito simples e feita com poucos ingredientes. Encontrei-a no blog Manzana & Canela da querida Montes. Tal como eu, também ela adora as massas lêvedas e sempre que ela partilha uma receita das ditas, fico com vontade de experimentar. Esta receita não leva azeite ou manteiga, é usado o queijo mascarpone, que lhe confere um sabor característico e delicioso, deixando a massa bem fofa e arejada. Se há amantes de brioche por aí, não deixem de experimentar esta receita, pois tenho a certeza que passará a ser das vossas preferidas. 




Brioche de Mascarpone
(receita adaptada do blog Manzana & Canela)

Ingredientes:
| 120 ml de leite
| 5 g de fermento seco (ou 15 g de fermento fresco)
| 1 ovo M
| 70 g de açúcar
| 250 de queijo Mascarpone
| 500 g de farinha s/ fermento
| 5 g de sal
| 1 ovo batido p/ pincelar
| açúcar pérola (ou amêndoa laminada)

Preparação:
1 . Amorne o leite no microondas durante alguns segundos (tenha cuidado para não aquecer demasiado, deverá estar apenas morno ao tocar com o dedo). Adicione e dissolva o fermento no leite.

2 . Na taça da batedeira coloque o ovo, o açúcar, o Mascarpone e o leite com o fermento. Bata até que os ingredientes se misturem.

3 . Coloque o gancho de amassar e adicione a farinha e o sal. Amasse a uma velocidade baixa-média, durante cerca de 12-15 minutos, até obter uma massa lisa e elástica, que se descole das paredes da taça.

4 . Forme uma bola com a massa, tape com película aderente e deixe levedar até que dobre de volume (cerca de 2 a 3 horas) num local sem correntes de ar (costumo deixar dentro do forno, desligado).

5 . Unte com manteiga e polvilhe com farinha duas formas rectangulares com cerca de 20 cm (poderá usar uma única forma, desde que seja maior).

6 . Transfira a massa para uma bancada e divida em seis partes iguais. Forme seis bolas e disponha três bolas de massa em cada uma das formas. Deixe levedar novamente até a massa dobrar de volume (coloco novamente dentro do forno, desligado).

7 . Quando a massa estiver levedada, pincele a superfície dos brioches com o ovo batido e polvilhe com açúcar pérola ou amêndoa laminada.

8 . Leve os brioches ao forno, pré-aquecido a 180ºC, durante 30 minutos. Caso verifique que começam a dourar demasiado, tape a superfície dos brioches com papel de alumínio.

9 . Retire os brioches do forno e deixe arrefecer um pouco. Desenforme e deixe arrefecer por completo sobre uma grelha (conserva-se durante 3-4 dias em recipiente hermético ou embrulhado em pape de alumínio).