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Caril de Grão com Arroz de Couve-Flor


Não escondo de ninguém a minha paixão por doces. Sou um guloso assumido e é um facto que prefiro fazer doces em vez de pratos salgados. Também gosto de cozinhar os pratos salgados, faço-o praticamente todos os dias, mas o que me dá prazer mesmo é fazer bolos, bolachinhas, pães doces, tartes... amassar, levedar, vê-los crescer no forno, sentir os aromas espalhados pela casa e provar uma fatia ainda quente é algo que não se explica. Se pudesse, fazia-os todos os dias.
Mas como não posso, e porque os devaneios dos doces têm de ser compensados com uma alimentação equilibrada, tento sempre inovar na cozinha e descobrir novos sabores, novas texturas. E se há uma coisa boa que o blog me trouxe foi o facto de eu conseguir arriscar mais no uso de determinados ingredientes, querer descobrir ingredientes que até aqui nem sequer sabia que existiam. E nesse campo estão as especiarias. Acreditam que até à bem pouco tempo eu nem podia com o cheiro do caril?! Pois, isto até experimentar o caril caseiro, feito por mim. O caril não é mais que uma mistura de especiarias na qual podemos acrescentar ou diminuir este ou aquele sabor, ajustando conforme os nossos gostos. E a primeira vez que experimentei um caril de vegetais fiquei fã, ao ponto de repetir essa refeição imensas vezes cá em casa. Refeições vegetarianas, como esta que aqui partilho hoje, são sempre bem vindas e cada vez mais vão fazendo parte da minha alimentação. Não que eu não goste de um bife grelhado, ou de um peixe assado. Claro que sim.

(louças em cerâmica da Oficina da Formiga)

Mas cada vez mais me preocupo e ter sempre os vegetais presentes na mesa, seja sob a forma de uma sopa,  no prato principal ou numa salada. E quando eu folheei pela primeira vez o novo livro da chef Mafalda Pinto Leite eu soube que tinha de o trazer comigo para casa. Quem segue a Mafalda nas redes sociais sabe que ela, mais do que ninguém, se preocupa em ter e partilhar uma alimentação saudável, usufruíndo para tal dos benefícios de determinados alimentos em prol da saúde e bem estar. É um livro que foi feito de forma a inspirar quem o lê a comer de uma forma mais saudável valorizando mais os ingredientes usados em cada receita. Receitas deliciosas e práticas, acessíveias a qualquer pessoa e com dicas bastante preciosas, é o que podemos encontrar neste livro.
Esta receita de caril de grão faz parte desse livro. O sabor é inigualável, e acompanhado pelo arroz de couve-flor, uma novidade na minha cozinha, faz uma refeição deliciosa que certamente agradará a todos aí em casa. Uma receita rápida e saudável para comer sem culpas e repetir mais vezes.

 (receita do livro "As Receitas da Mafalda" de Mafalda Pinto Leite)

Ingredientes:
{caril}
| 2 c. (sopa) de azeite
| 1 cebola
| 2 dentes de alho esmagados
| 2 c. (sopa) de gengibre picado
| 2 c. (sopa) de caril em pó
| 1 c. (chá) de açafrão-das-índias
| 1 lata de tomate pelado
| 1 lata grande de grão-de-bico
| 4 ramas de acelgas cortadas em tiras
(ou 2 mãos-cheias de espinafres bebé)
| 1 lata de leite de coco
| 2 c. (sopa) de sumo de lima
| 1/2 chávena de coentros picados

{arroz}
| 2 chávenas de pedaços de couve-flor
| 2 c. (sopa) de azeite
| 1 dente de alho esmagado
| sumo de 1/2 limão

Método Tradicional:
Aqueça o azeite numa panela (não muito grande) em lume médio.
Pique a cebola e junte-a ao azeite. Salteie por 4 minutos ou até começar a ficar caramelizada.
Junte o alho e o gengibre, e cozinhe, mexendo por uns segundos.
Junte o caril e o açafrão. Misture por 1 minuto.
Adicione os tomates e o suco e esmague com um garfo.
Junte o grão e misture bem. Tempere a gosto com sal.
Deixe levantar fervura, tape e deixe cozinhar por 10 minutos.
Retire a tampa e junte as acelgas ou os espinafres. Cozinhe até murcharem.
Adicione o leite de coco e o sumo de lima. Prove e ajuste o tempero.
Retire do lume e junte os coentros.

Enquanto isso, faça o arroz de couve-flor.
Coloque uma panela com água e uma pitada de sal ao lume. Quando levantar fervura junte a couve flor. Deixe borbulhar por 2 minutos.
Retire do lume e passe por água fria, escorra e seque muito bem com um pano de cozinha.
Coloque a couve-flor num robot e pique somente até obter pedaços pequenos que se assemelham a arroz (se bater demais, vai ficar como puré).
Entretanto aqueça o azeite numa frigideira grande em lume médio.
Junte o alho e deixe fritar por um minuto.
Adicione a couve-flor e cozinhe, mexendo por 5 minutos até começar a dourar.
Prove e tempere a gosto com sal.

Método Thermomix - Bimby:
Coza a couve flor em água fervente com uma pitada de sal.
Depois de cozida passe por água fria, escorra e seque muito bem com um pano de cozinha.
Coloque a couve-flor no copo e programe (5seg/vel4 Inversa). Retire e reserve.
No copo coloque o azeite, a cebola, os dentes de alho, o gengibre, o caril e o açafrão. Programe (5seg/vel5).
Com ajuda da espátula baixe o que ficou nas paredes do copo.
De seguida refogue (5min/Varoma/vel1).
Adicione o tomate pelado e programe (5min/100ºC/vel1).
De seguida adicione o grão de bico, junte as acelgas ou os espinafres, o leite de coco e o sumo de lima, envolva bem com a espátula e programe (10min/100ºC/vel Colher Inversa).
Retire e sirva com os coentros picados.
Aqueça o azeite numa frigideira grande em lume médio.
Junte o alho e deixe fritar por um minuto.
Adicione a couve-flor reservada e cozinhe, mexendo por 5 minutos até começar a dourar.
Prove e tempere a gosto com sal.

Pastéis de Arroz-Doce


Gosto de receitas intemporais, daquelas que nos fazem viajar no tempo e voltar à infância. Receitas cujos aromas guardamos há muitos anos na nossa memória, receitas e sabores que não esquecemos, que eram feitas por pessoas que nos foram muito queridas. E destas receitas o arroz doce ganha destaque. Acho que já disse por aqui algures que o arroz doce é das minhas, senão a minha sobremesa preferida. Porque se eu traçar uma linha imaginária no tempo e me deslocar nela até à minha infância, esta é talvez das primeiras sobremesas que eu me lembro ter provado e gostado. Era das sobremesas que mais vezes se fazia lá por casa, porque ficava barata, não dava muito trabalho e agradava a toda a gente. Lembro-me do cheiro que ficava no ar cada vez que a minha mãe fazia arroz doce e eu adorava rapar o tacho ainda morno e lambuzar-me com os dedos que lambia sem escrúpulos. Mas a minha parte preferida era mesmo a da tentativa muitas vezes falhada (quase sempre!) de desenhar pequenas flores com a canela em pó. Adorava aquele ritual de pegar com os meus dedos minúsculos a canela, como se de um pó mágico se tratasse e polvilhar com ela o arroz doce. Claro que o resultado nada tinha de mágico e acabava com pequenas manchas de canela difusas que a minha mãe disfarçava cobrindo todo arroz e fazendo uma camada uniforme.


Mas se nada havia de mágico na tentativa falhada de desenhar flores com canela, o mesmo não se pode dizer em relação ao seu aroma. O cheiro da canela sempre foi uma coisa que me encantou e daí ser a minha especiaria favorita. Tanto que não a dispenso com o arroz doce ou mesmo com os diospiros que o outono nos oferece. Abrir em quartos um diospiro maduro, polvilhá-lo com canela e comer à colherada é uma sensação que me dá imenso prazer.

O arroz doce, apesar de agradar a quase toda a gente, muitas vezes torna-se um fator discordante em relação à sua textura, sendo alvo de comparações em almoços de família, originando frases como "o da avó é que era bom" ou "nunca comi nenhum como o da tia". Para mim ele tem de ser cremoso e claro com muita canela. Ao longo dos anos fui tendo tentativas fracassadas de repruduzir o arroz doce da minha mãe, mas nunca consegui atingir aquela textura cremosa que só ela sabia fazer. Até que descobri o arroz doce feito na Bimby e para mim é dos melhores que comi ao longo destes anos. De textura cremosa, não demasiado doce e com um suave sabor a limão. Daí que quando vi na revista "Bimby - Momentos de Partilha" deste mês, a receita dos Pastéis de Arroz Doce, eu não resisti. Uma ida ao frigorífico para confirmar que tinha massa folhada à espera de ser usada e no minuto seguinte já estava a preparar o arroz doce para usar nestes deliciosos pastéis, muito semelhantes fisicamente aos pastéis de nata. A única alteração que fiz na receita e que a meu ver a tornou ainda mais saborosa, é que em vez de natas normais usei a alternativa às natas à base de arroz, da Alpro. Para quem, como eu não resiste a um bom arroz doce, dificilmente resistirá também a estes pastéis, cuja combinação da massa folhada com o arroz cremoso se torna uma surpresa bastante agradável e de certeza que fará sucesso.


(receita adaptada da revista "Bimby - Momentos de Partilha" - Outubro 2014)

Ingredientes:
{recheio}
| 1 dl de água (apenas usada no método tradicional)
| 250 g de leite
| 250 g de natas
(usei Alpro, alternativa às natas à base de arroz)
| 80 g de arroz (usei arbóreo)
| casca de 1/2 limão (só a parte amarela)
| 1 pau de canela
| 4 gemas de ovo
| 80 g de açúcar amarelo

{massa}
| 20 g de manteiga (usei creme culinário)
| 500 g de massa folhada de compra
| 1 gema de ovo p/ pincelar
| canela e açúcar em pó p/ servir

Método Tradicional:
Comece por preparar o arroz doce, levando ao lume médio um tacho com a água e o arroz.
Deixe cozinhar até a água evaporar e o arroz estar cozido.
Depois da água evaporar, junte o leite, as natas, a casca de limão e o pau de canela.
Deixe cozer durante 15-20 minutos, mexendo de vez em quando para não colar ao fundo.
Terminado o tempo de cozedura, acrescente o açúcar e mexa. Retire 2 ou 3 colheres de arroz doce para uma chávena e dissolva nele as gemas com a ajuda de um garfo.
Enquanto mexe, junte as gemas ao arroz e quando começar a borbulhar apague o lume. Retire a casca de limão e o pau de canela e deixe arrefecer.
Pré-aqueça o forno a 200ºC.
Derreta a manteiga no micro-ondas (ignore este passo se usar creme culinário).
Estenda a massa em forma de rectângulo, pincele com a manteiga e enrole.
Corte em rolos de aprox. 2cm de largura e disponha no fundo de formas.
Pressione a massa contra a parede das formas, recheie com o arroz doce e pincele o rebordo com a gema de ovo. Leve ao forno a 200ºC cerca de 25 minutos ou até dourar.
Sirva os pastéis mornos, polvilhados de açúcar e canela em pó.

Método Thermomix - Bimby:
Coloque no copo o leite, as natas, o arroz, a casca de limão e o pau de canela e cozinhe (15min/90ºC/Vel Colher Inversa). Envolva com a ajuda da espátula e cozinhe (15min/90ºC/ Vel Colher Inversa).
Coloque num recipiente as gemas e 4 c. (sopa) do leite do copo e misture bem com a ajuda de um garfo.
Adicione o açúcar e as gemas com o leite, envolva bem com a ajuda da espátula e cozinhe (10min/90ºC/Vel1,5/Colher Inversa). Retire a casca de limão e o pau de canela e deixe arrefecer.
Pré-aqueça o forno a 200ºC.
Derreta a manteiga no micro-ondas (ignore este passo se usar creme culinário).
Estenda a massa em forma de rectângulo, pincele com a manteiga e enrole.
Corte em rolos de aprox. 2cm de largura e disponha no fundo de formas.
Pressione a massa contra a parede das formas, recheie com o arroz doce e pincele o rebordo com a gema de ovo. Leve ao forno a 200ºC cerca de 25 minutos ou até dourar.
Sirva os pastéis mornos, polvilhados de açúcar e canela em pó.


Pão de Milho com Açúcar e Canela - World Bread Day 2014


There's always a plan B... right?! É isso mesmo, este é o meu plano B. Passo a explicar, hoje assinala-se o Dia Mundial da Alimentação e com ele também o World Bread Day. Eu não preciso de desculpas para fazer pão cá em casa, costumo fazer com alguma frequência porque gosto imenso de pão caseiro. Mas queria muito fazer uma receita de pão para hoje publicar no blog. A minha ideia inicial era fazer um Pão de Milho e Girassol e então ontem, já bem tarde, decidi meter as mãos na massa. Massa essa que, talvez por descuido meu, levou fermento a mais, pois o pão não parava de crescer. O cheiro que perfumava a minha cozinha era inebriante, mas esteticamente não me agradou o resultado final. Pelo que decidi não publicar a receita.
Já tinha perdido a esperança de voltar a fazer uma receita de pão, pois mesmo que fizesse, como os dias já são mais pequenos e o sol põe-se mais cedo, já não haveria tempo para fotografar. Eis que me lembrei do Top With Cinnamon, um livro de culinária lindo que adquiri recentemente, daqueles livros que apetece experimentar todas as receitas, de tão deliciosas que são. E é aqui que entra o meu plano B, lembrei-me de uma receita de pão deste livro que queria muito experimentar e ainda para mais, é uma receita simples e rápida. Foi então que decidi experimentar este Cornbread with Cinnamon-Sugar, um pão de milho delicioso, com uma crosta estaladiça de açúcar e canela e com uma textura adocicada e que se desfaz na boca. Quando saiu do forno, o perfume espalhado pela casa era tão tentador que não resisti a provar uma fatia, ainda morno, com doce de abóbora e alfarroba e experimentei algo muito, mas mesmo muito bom. Pela frente ainda tinha duas horas de luz e mesmo por entre nuvens, com o sol a espreitar. Tempo suficiente para fotografar, lanchar e começar a preparar este post para com vocês partilhar. E que bem que sabe fazer pão, mesmo quando não funciona à primeira, mas desistir nunca, há sempre um plano B.


(receita adaptada do livro Top With Cinnamon)

Ingredientes:
| 2 c. (sopa) de manteiga c/ sal
| 3 c. (sopa) de açúcar granulado (usei açúcar amarelo)
| 1 ovo
| 250 ml de leite
| 110 g de farinha de milho
| 110 g de farinha de trigo s/ fermento
| 1 c. (sopa) de fermento em pó

| 2 c. (sopa) de açúcar granulado (usei açúcar mascavado)
| 2 c. (sopa) de canela

Método Tradicional:
Pré aqueça o forno a 180ºC.
Unte uma forma redonda ou rectangular com manteiga e forre com papel vegetal. Reserve.
Derreta a manteiga em lume baixo, retire e junte-lhe o açúcar, o ovo, o leite e a farinha de milho. 
Bata até que todos os ingredientes fiquem ligados.
Adicione a farinha de trigo e o fermento e envolva até a farinha se dissolver no preparado anterior.
Coloque a massa na forma reservada.
Prepare a cobertura, misturando o açúcar com a canela. Polvilhe toda a massa com esta mistura e leve ao forno durante 25-30 minutos.
Sirva ainda quente com manteiga ou compota.

Método Thermomix - Bimby:
Pré aqueça o forno a 180ºC.
Unte uma forma redonda ou rectangular com manteiga e forre com papel vegetal. Reserve.
Coloque no copo a manteiga e o açúcar e programe (2min/50ºC/vel2).
Junte o ovo, o leite e a farinha de milho e programe (30seg/vel4).
Adicione a farinha de trigo e o fermento e programe (10seg/vel4).
Coloque a massa na forma reservada.
Prepare a cobertura, misturando o açúcar com a canela. Polvilhe toda a massa com esta mistura e leve ao forno durante 25-30 minutos.
Sirva ainda quente com manteiga ou compota.


A Cozinhar com a Ramirez na Loja das Conservas


No passado domingo, dia 12 de Outubro, estive a cozinhar na Loja das Conservas em Lisboa, onde apresentei um showcooking dedicado às Conservas Ramirez. A realização deste showcooking esteve inserida no âmbito das comemorações dos 160 anos da marca, que teve a gentileza de me convidar para realizar este evento. Aceitei o convite, em primeiro lugar porque ia fazer o que mais gosto, cozinhar, e depois porque adoro conservas. O objectivo do showcooking era dar a conhecer as novidades das conservas Ramirez e claro, dar a oportunidade ao público presente de degustar essas mesmas novidades. Sou um grande apreciador de conservas, pelo que estão sempre presentes na minha despensa e é frequente fazer uma ou outra receita com elas, como é o caso deste Pão de Sardinhas, que é repetente cá em casa e faz sempre sucesso, desta Empanada de Sardinha, destes Cestinhos de Pão e Atum ou desta Pizza de Cavala.


Lembro-me de gostar de conservas desde sempre e acho que este gosto me foi transmitido pelo meu pai. Lembro-me de ser ainda criança e a minha mãe fazia muitas vezes aquela sopa consistente que leva massa, feijão, carne e vegetais. A sopa, por ser "pesada" servia de refeição principal, mas para o meu pai um prato de sopa não era suficiente, então ele terminava sempre essas refeições abrindo uma lata de sardinhas ou atum que comia com broa ou pão feito no forno de lenha. E eu adorava aquilo, não propriamente o peixe, que como qualquer criança ainda não o apreciava, mas adorava lambuzar-me com o pão que molhava no molho da lata. Claro que outra coisa que adorava fazer era abrir a lata. Naquele tempo ainda não existiam as aberturas fáceis, haviam umas chaves especiais em ferro que eram vendidas juntamente com a lata e depois a abertura passava por um processo cuidadoso de enrolar delicadamente a tampa da lata, tendo o cuidado de não entornar o molho. Claro que isso muitas vezes era uma missão quase impossível e que acabava com a roupa cheia de nódoas, uma ou outra vez com um golpe num dedo e claro, um valente e inevitável ralhete.


Hoje em dia tudo é diferente, as embalagens são muito mais fáceis de abrir, e são também muito mais bonitas. Cada vez mais as marcas apostam no aspecto estético dos produtos que vendem, não descurando, claro, a qualidade dos mesmos. E a Ramirez é pioneira no que diz respeito à inovação no mundo das conservas, trabalhando já com 14 países e tendo sido a primeira marca a lançar pela primeira vez em todo o mundo as latas de conserva com abertura fácil, em alumínio e mais tarde em folha de Flandres.

Para este showcooking, foi-me pedido para fazer algumas receitas com os mais recentes produtos da marca, como é o caso das Sardinhas sem Pele e Sem Espinhas, das quais fiquei fã.
Preparei assim cinco receitas rápidas que tanto podem servir de entrada num jantar de família ou amigos, como podem ser conjugadas e fazer delas uma refeição principal. As receitas estão aqui em baixo e a avaliar pela satisfação dos presentes, fizeram sucesso.
Quero agradecer a todos aqueles que se juntaram a mim  nesta aventura culinária, numa manhã de domingo chuvosa, mas que ainda assim deixaram o conforto dos seus lares e vieram até à Loja das Conservas. Um obrigado especial à Sílvia e à Cláudia, responsáveis pelas imagens aqui presentes e outras que podem ver neste álbum. Obrigado também à Sara Costa da Loja das Conservas, pelo apoio prestado e também à Joana Queiroz e à Maria Manuel, ambas pertencentes à Ramirez.
Acho que o objectivo foi superado com sucesso, saí de coração cheio e com a certeza de que passei a mensagem de que o acto de degustar uma conserva não passa apenas por abrir uma lata e comer o que está lá dentro e bastando um pouco de criatividade, podemos criar uma receita irresistível.

Pizza de Courgette e Requeijão


Gosto de fazer uma alimentação variada cá em casa, pelo que o lema é comer um pouco de tudo mas sem exagerar. Bem, quase tudo, pois fritos é coisa que não é muito ou mesmo nada comum nesta cozinha. Mas os legumes, esses estão sempre presentes, e desta forma procuro um equilibrio em relação aos desvarios com os doces. Sim, porque eu sou um guloso assumido e uma vez ou outra cometo uma loucura...eheh. Seja numa sopa, nas saladas, como acompanhamento de um peixe assado no forno ou mesmo simples, os legumes fazem parte das minha refeições. 
Mas por vezes, ou porque estamos cansados, ou porque não temos muito tempo para a cozinha ou porque simplesmente não apetece fazer uma refeição mais elaborada, acabo por fazer uns petiscos ou mesmo uma refeição mais rápida, como uma pizza. E ainda assim os legumes estão presentes. E dos legumes que mais vezes uso cá em casa, a courgette é dos preferidos. Uso-a tanto em receitas salgadas como em receitas doces, como este bolo, por exemplo que ficou divinal. Para além de que é um legume bastante versátil, muito acessível e existe o ano inteiro.
Se há ingrediente que eu acho que combina bem com a courgette, é o queijo e/ou o requeijão, pelo que nesta pizza o resultado não poderia ser melhor. Já a tinha feito antes, mas em formato redondo e com a courgette às rodelas. A base é a que costumo fazer na maioria das vezes e opto sempre por usar uma farinha integral, neste caso a espelta, tornando a pizza mais saudável e claro, muito saborosa. Desta vez bastaram uns ajustes nos ingredientes e dei-lhe um formato diferente cuja inspiração veio daqui, numa incursão que fiz ao Pinterest. São refeições práticas como esta, feitas com ingredientes de qualidade, como é o caso do requeijão Tété, que tornam os meus dias mais felizes. Experimentem, tenho a certeza de que vão gostar.


Ingredientes:
{para a massa}
| 100 g de água
| 25 g de azeite
| 7 g de fermento seco
| 1 c. (sopa) de alecrim fresco ou seco
| 100 g de farinha de trigo
| 100 g de farinha de espelta integral
| 1 pitada de sal

{para o recheio}
| 1 courgette média com a casca
| 1 cebola roxa pequena
| 1 dente de alho
| azeite q.b.
| 150 g de requeijão (usei o de Alho & Ervas da Tété)
| 50 g de queijo mozarela fresco
| flor de sal q.b. (Marnoto by Necton)
| folhas de salva

Método Tradicional:
Numa taça misture as farinhas com o fermento. Faça um buraco ao meio e junte o azeite. 
Aos poucos vá adicionando a água tépida ao mesmo tempo que amassa.
Junte o sal e o alecrim finamente picado e volte a amassar.
Acabe de amassar numa superfície enfarinhada até a massa ficar mole, mas não pegajosa. Caso comece a pegar, junte um pouco de farinha e volte a amassar. Forme uma bola e deixe repousar.
Deixe levedar cerca de 30 minutos.
Entretanto prepare o recheio. Numa frigideira coloque a cebola cortada em meias luas, o dente de alho picado e regue com um fio de azeite. Refoque até que a cebola fique mole e translúcida. Reserve.
Pré aqueça o forno a 220ºC.
Quando a massa tiver levedado, estenda-a com o rolo, dando-lhe o formato de um rectângulo. 
Dobre cerca de 1cm de massa na extremidade, em toda a volta, e pressione com os dedos de forma a que a massa fique selada, formando assim um rebordo.
Com um descascador ou uma faca, corte fatias finas de courgette no sentido longitudinal. Reserve.
Desfaça o requeijão com um garfo e espalhe-o sobre a massa.
Por cima do requeijão distribua a cebola reservada e regue com um fio de azeite.
De seguida disponha as fatias de courgette sobre a pizza, entrelaçando-as.
Salpique com o queijo mozarela e leve ao forno cerca de 20 minutos ou até que a massa fique dourada.
Retire do forno e salpique com flor de sal e algumas folhas de salva.
 

Método Thermomix-Bimby:
No copo coloque a água, o azeite, o fermento e o alecrim, finamente picado. Programe (1,30min/37ºC/vel1).
Adicione as farinhas e o sal e programe (1min/vel Espiga).
Acabe de amassar numa superfície enfarinhada e forme uma bola. Deixe levedar cerca de 30 minutos.
Entretanto prepare o recheio. Coloque no copo o dente de alho e programe (3seg/vel5). Junte a cebola cortada em meias luas e 15 g de azeite. Programe (5min/100ºC/vel2). Reserve.
Pré aqueça o forno a 220ºC.
Quando a massa tiver levedado, estenda-a com o rolo, dando-lhe o formato de um rectângulo. 
Dobre cerca de 1cm de massa na extremidade, em toda a volta, e pressione com os dedos de forma a que a massa fique selada, formando assim um rebordo.
Com um descascador ou uma faca, corte fatias finas de courgette no sentido longitudinal. Reserve.
Desfaça o requeijão com um garfo e espalhe-o sobre a massa.
Por cima do requeijão distribua a cebola reservada e regue com um fio de azeite.
De seguida disponha as fatias de courgette sobre a pizza, entrelaçando-as.
Salpique com o queijo mozarela e leve ao forno cerca de 20 minutos ou até que a massa fique dourada.
Retire do forno e salpique com flor de sal e algumas folhas de salva.





Nutella Cinnamon Rolls | Rolinhos de Nutella e Canela


Fui convidado para uma festa de aniversário no passado sábado e só à última da hora é que decidi o que iria levar. A verdade é que são tantas as receitas que quero experimentar, são tantas as marcações com post-its nos livros de culinária que quando surge um convite deste género, ou quando recebo amigos em casa, nunca sei o que levar ou apresentar. Acontece o mesmo convosco?! Foi então que numa ida ao computador verifiquei que a 4 de Outubro se celebrava o Cinnamon Bun Day na Suécia, um dia dedicado aos tão célebres rolinhos de canela que são tão apreciados naquele país. Se não souberem do que estou a falar, façam uma visita à loja de comida daquela cadeia sueca que vende móveis e fiquem a conhecer os Cinnamon Buns.
Isto foi o ponto de partida para me lembrar de uma receita à espera de ser feita, marcada num livro que adquiri recentemente, o Top With Cinnamon, nome que a autora Izy Hossack dá também ao seu inspirador blog. Usei a receita base dos Pretzel Cinnamon Rolls desse livro e como acho deliciosa a combinação de canela e chocolate, decidi acrescentar a Nutella e as avelãs que tornaram estes rolinhos ainda mais gulosos.
Para lhes dar um ar diferente, ao invés de os levar ao forno separados num tabuleiro, usei antes uma forma de muffins que lhes deu este aspecto entre o muffin e os tais rolinhos famosos.
Não poderia ter ficado mais satisfeito com o resultado, adorei o sabor e a textura. Escusado será dizer que se comidos ainda mornos se tornam viciantes. Uma receita a repetir e que fez sucesso entre os presentes.

Para esta receita usei o fermento seco Fermipan, que é feito à base de levedura e próprio para pão e bolos. E sabiam que a Fermipan dá-vos a oportunidade de ganhar uma Bimby 5ª geração?! É muito fácil de participar, basta serem criativos e preencher um cupão. Saibam tudo aqui.

 
Ingredientes: (para 8-10 rolinhos)
 {massa}
| 450 g de farinha sem fermento
| 11 g de fermento seco (usei Fermipan)
| 4 c. (sopa) de açúcar amarelo
| 1 c. (chá) de sal
| 230 ml de água tépida
| 1 ovo
{recheio e cobertura}
| 350 g de Nutella
| 2 c. (sopa) de canela
| 50 g. de avelãs tostadas + q.b. para cobertura
| 2 c. (sopa) de leite
| açúcar em pó (opcional)

Método Tradicional:
Numa taça misture a farinha com o fermento e adicione o açúcar e o sal.
Faça um buraco no centro e adicione o ovo. Aos poucos, vá adicionando a água tépida e amasse com as mãos. 
Transfira o preparado para uma bancada polvilhada de farinha e amasse até obter uma massa elástica e esta despegar dos dedos.
Forme uma bola, coloque de novo na taça e tape com um pano. Deixe levedar durante pelo menos 1 hora ou até duplicar de volume.
Passado esse tempo estenda a massa com o rolo, obtendo um rectângulo com cerca de 50cmx30cm.
Com uma espátula, espalhe a Nutela sobre a massa cobrindo todo o rectângulo. Polvilhe com canela e as avelãs grosseiramente picadas.
Com uma faca, corte a massa em cerca de 8 tiras iguais, partindo do lado mais curto. Enrole cada uma das tiras, dando-lhe o aspecto de uma rosa e coloque-as em formas de muffins, untadas ligeiramente com manteiga. Deixe levedar mais 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 180ºC. 
Pincele cada um dos enrolados com o leite e salpique com avelãs grosseiramente picadas.
Leve ao forno a assar durante cerca de 20 minutos. Desenforme, deixe arrefecer por completo e polvilhe com açúcar em pó.

Método Thermomix - Bimby:
No copo coloque a água e o fermento e programe (1,30min/37ºC/vel1).
Adicione a farinha, o açúcar, o sal e o ovo e programe (1,30min/vel Espiga). Se achar necessário adicione mais um pouco de farinha, até a massa despegar das paredes do copo.
Forme uma bola e deixe levedar durante pelo menos 1 hora ou até duplicar de volume.
Passado esse tempo estenda a massa com o rolo, obtendo um rectângulo com cerca de 50cmx30cm.
Com uma espátula, espalhe a Nutella sobre a massa cobrindo todo o rectângulo. Polvilhe com canela e as avelãs grosseiramente picadas.
Com uma faca, corte a massa em cerca de 8 tiras iguais, partindo do lado mais curto. Enrole cada uma das tiras, dando-lhe o aspecto de uma rosa e coloque-as em formas de muffins, untadas ligeiramente com manteiga. Deixe levedar mais 30 minutos.
Pré-aqueça o forna a 180ºC. Pincele cada um dos enrolados com o leite e salpique com avelãs grosseiramente picadas.
Leve ao forno a assar durante cerca de 20 minutos. Desenforme, deixe arrefecer por completo e polvilhe com açúcar em pó.