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Limonada de Morango com Mel e Hortelã


Para aproveitar os últimos morangos da estação, os mais docinhos por sinal, preparei uma deliciosa limonada de morango que adocei com mel e aromatizei com hortelã. Com umas pedras de gelo a acompanhar, sabe tão bem uma bebida como esta para refrescar nestes dias quentes de verão! Uma receita que acompanho com o artigo do mês de agosto que escrevi para o site Alegro. Um texto dedicado a um ingrediente que adoro, o mel e cujo conteúdo podem ver na íntegra aqui.

Mel: Um Alimento Essencial Para a Saúde

Desde sempre que me lembro de gostar de mel. Ainda pequeno, fui habituado a ver o meu avô a tratar das suas abelhas. E ainda que não fosse um apicultor profissional, ele dominava a técnica como ninguém. Lembro-me tão bem de ele envergar o fato branco, já sujo e gasto de tanto ser usado, e afoito lá ia tratar das suas rainhas, borrifando as colmeias com um líquido escuro e pegajoso que, dizia ele, servia para atrair mais abelhas. Estas zumbiam melancolicamente numa dança interminável em seu redor enquanto ele extraia os favos dourados que se encontravam cheios daquele néctar brilhante. Fazia sempre questão de colocar um pedaço de favo num prato pequeno, dando-me a provar. Eu, feliz da vida, deliciava-me a retirar o mel dos favos com uma colher e a comê-lo com deleite, qual criança inocente que come uma guloseima, ainda desconhecendo todos os benefícios que o mel tem para a saúde.

Os anos passaram e hoje em dia, mais consciente do poder benéfico que o mel pode ter na saúde, este ingrediente continua a fazer parte da minha dieta alimentar e está sempre presente na minha despensa. Uso-o para vários fins, mas é sobretudo na alimentação que é mais requisitado. Seja para adoçar um chá, para usar num bolo mais saudável em substituição do açúcar, para fazer um molho que irá temperar uma salada ou mesmo para caramelizar frutos secos ou até na carne assada no forno, o mel, por si só ou quando combinado com outros ingredientes, torna-se em algo indispensável e muito interessante.


Fruto do trabalho diário e árduo das abelhas, este produto natural é obtido a partir do néctar que elas recolhem das flores, que posteriormente armazenam em favos e que mais tarde irá servir de alimento. No entanto a produção de mel é três vezes superior àquela que estes insetos necessitam para sobreviver, pelo que é perfeitamente legítimo o uso de colmeias artificiais para produção e extração deste alimento.

Considerado por muitos como um alimento sagrado, talvez devido à sua grande concentração de proteínas e sais minerais, como o potássio e magnésio, para além de ser usado a maior parte das vezes como um adoçante natural também desempenha um papel importante quando usado como anti-séptico, ajudando a cicatrizar feridas e a prevenir infeções. Este é um alimento cheio de propriedades terapêuticas que não deverão de forma nenhuma ser ignoradas e quando ingerido e usado de forma moderada e consciente, poderá trazer imensos benefícios para a saúde, tais como:

·        ajuda no combate da fadiga e stress
·        fortalece o sistema imunitário
·        melhora a capacidade digestiva
·        alivia a prisão de ventre, fortalecendo a flora intestinal
·        é um anti séptico natural que ajuda na cicatrização da pele
·        previne gripes e constipações
·        é antioxidante
·        anti-reumático e diurético

No entanto, e porque tudo tem um peso e uma medida, o mel possui um elevado teor de açúcares simples que são rapidamente absorvidos pelo organismo, pelo que é considerado um alimento calórico, devendo assim ser consumido com moderação e evitado por quem segue uma dieta rigorosa. Também não é aconselhado a crianças pequenas, até aos três anos de idade, pois poderá trazer complicações ao nível intestinal.

Por ser considerado um alimento saudável e se tratar de um produto natural, deverá fazer parte da nossa alimentação diária. Contudo o seu consumo deverá ser feito de forma consciente, moderada e sempre que possível como substituto do açúcar. Estamos em pleno verão e o que mais apetece nestes dias quentes para ajudar a combater o calor excessivo, são as bebidas frescas como os chás e as limonadas que podem perfeitamente ser adoçadas com mel. Trago como sugestão uma receita simples de uma limonada onde dou uso a este ingrediente milagroso.


Limonada de Morango com Mel e Hortelã

Ingredientes:
| 4 limões + q.b. para servir
| 4 c. (sopa) de mel
| 1 litro de água mineral
| 4-5 morangos biológicos
| folhas de hortelã
| pedras de gelo q.b.

Preparação:
Esprema o sumo dos limões para um tacho.
Junte o mel e leve ao lume brando, mexendo de vez em quando até começar a ferver.
Desligue o lume e deixe arrefecer.
Adicione 1 litro de água, coloque o preparado num liquidificador juntamente com os morangos e triture durante alguns segundos.
Coe a limonada para dentro de um jarro, junte algumas folhas de hortelã e leve ao frigorífico atá à hora de servir.  Sirva em copos ou frascos com gelo, rodelas de limão e folhas de hortelã.

Bolo de Cenoura e Pêssego

(cake stand by Coco & Baunilha)

Foi num dia quente de Agosto há 20 anos atrás, lembro-me tão bem como se fosse hoje. Ela varria o pátio ao lado da casa, limpava as folhas dos pessegueiros, que começavam a cair. O meu tio Manel, o seu irmão mais novo, aproximou-se de nós para se despedir. As férias de verão tinham chegado ao fim e em poucas horas ele partiria para mais um ano de trabalho, rumo a França. As lágrimas começaram a correr-lhe pelo rosto queimado do sol. Ela abraçou o seu irmão com força, em jeito de despedida e como que adivinhando que aquele poderia ser o último abraço. Com a voz trémula e em soluços confessou "tenho cancro". E a partir daquele momento a minha mãe nunca mais foi a mesma pessoa. Aquela mulher que eu estava habituado a ver todos os dias com um sorriso nos lábios, que trabalhava arduamente na terra, desde o nascer ao por-do-sol e que ao fim do dia ainda chegava a casa e preparava o jantar para mim e para o meu pai. A mulher de que todos gostavam, que cuidou sozinha dos meus avós até eles partirem, que via sempre o lado positivo dos problemas e que tinha sempre uma solução para tudo. A partir daquele momento ela começou uma luta difícil que durou 16 meses. Não foi fácil, para nós e para ela que enfrentou tanto sofrimento e sentiu o veneno percorrer as suas veias. Ela que foi sujeita aos tratamentos agressivos da quimioterapia e que viu e sentiu o seu cabelo a cair, que teve de enfrentar duas cirurgias ao peito e que passou tantas noites mal dormidas. Pelo meio ainda houve uma grande recuperação e a esperança esteve sempre presente. Não tenho qualquer dúvida que, guerreira e batalhadora como ela era, deu todas as suas forças na luta contra a doença. Não ganhou a luta e acabou por se despedir.


Se fosse hoje tenho a certeza que seria diferente. Os conhecimentos são outros, a tecnologia avançou e os tratamentos já não são tão agressivos. A vida corria-lhe nas veias, tinha uma força e coragem enorme para enfrentar todos os problemas. Se fosse hoje, não tenho dúvidas que ela sairia vencedora. Ficam as boas memórias, ficam os bons princípios e os conhecimentos que ela me passou. E guardarei sempre o seu sorriso.

Isto tudo para dizer que não adianta andarmos de mal com a vida, não vale de nada criar conflitos e problemas. Criticar o que está mal e nada fazer para mudar isso. Devemos sim dar mais valor ao que temos, às pessoas queridas que nos rodeiam e às coisas simples da vida. Abraçar e sorrir mais. Devemos prestar mais atenção aos detalhes e temos de aprender a olhar sempre para o lado positivo, por mais que isso nos custe. Afinal de contas isto é apenas uma passagem e ninguém consegue saber em concreto por quanto tempo andará por cá. Por isso, o melhor mesmo é aproveitar cada momento e celebrar com amor esta coisa que é a vida.


E para celebrar e agradecer pelo facto de estarmos vivos, nada melhor que um bolo. Este com sabor a verão, com a melhor fruta da estação e saboreado fora de casa, ao ar livre e em jeito de piquenique. Depois de me ter chegado cá a casa um carregamento de cenouras, oferecido por um amigo, lembrei-me imediatamente deste bolo cuja combinação de sabores me deixou curioso. Cenoura e pêssego, à primeira vista pode parecer uma combinação estranha, mas é das melhores que já experimentei. Os pêssegos caramelizados são "a cereja no topo do bolo" que ligam tão bem com as amoras silvestres que acabam de chegar. Colhidas na hora, pelo que ainda souberam melhor! A textura, densa e perfumada pela baunilha e pela canela é algo que nos deixa a desejar mais uma fatia. Aproveitem o fim de semana, abracem quem mais gostam e celebrem a vida!


Bolo de Cenoura e Pêssego
(receita adaptada do blog Call Me Cupcake)

Ingredientes: (para 8-10 pessoas)
{para o bolo}
| 150 g de manteiga com sal
| 3 ovos L
| 135 g de açúcar amarelo
| 65 g de açúcar mascavado 
| ¼ c. (chá) de baunilha em pó (usei Vahiné)
| 180 g de farinha s/ fermento
| 2 c. (chá) de fermento em pó
| 1½ c. (chá) de bicarbonato de sódio
| 1 pitada de flor de sal
| 1 c. (chá) de canela em pó
| 250 g de cenoura ralada
| 1 lata pequena (aprox. 420 g) de pêssego em calda
(1/3 do puré de pêssego irá ser usado no recheio)

{recheio e cobertura}
| 3 claras de ovo (aprox. 120 g)
| 150 g de açúcar
| 1 pitada de sal
| 235 g de manteiga à temp. ambiente
| algumas gotas de essência de baunilha
| 1/3 do puré de pêssego
| 3 pêssegos frescos (usei paraguaios)
| 3 c. (sopa) de manteiga
| 3 c. (sopa) de açúcar mascavado
| amoras frescas q.b.

Preparação:
{bolo}
Pré-aqueça o forno a 175ºC.
Unte com manteiga e forre com papel vegetal 2 formas com Ø12 cm (em alternativa poderá usar formas de Ø16 cm ou Ø18 cm, obtendo um bolo mais baixo e mais largo; se pretender um bolo maior duplique a receita).
Derreta a manteiga e reserve, deixando arrefecer à temp. ambiente.
Bata os ovos e o açúcar a uma velocidade média durante 3 minutos, até obter um creme fofo e esbranquiçado.
Junte a manteiga e a baunilha em pó e bata mais um pouco.
À parte misture a farinha peneirada com o fermento, o bicarbonato, a flor de sal e a canela em pó e adicione esta mistura ao preparado anterior. Envolva com uma espátula sem bater demasiado.
Descasque e rale finamente as cenouras. Coloque as metades de pêssego em calda (descarte o líquido da calda) num processador e reduza a puré.
Adicione a cenoura ralada e 2/3 do puré de pêssego (reserve 1/3 para o recheio) à massa e envolva.
Divida a massa pelas 2 formas e leve ao forno durante 40-45 minutos. 
Faça o teste do palito antes de retirar os bolos do forno. 
Retire os bolos e deixe arrefecer dentro das formas durante 20 minutos. Desenforme e deixe arrefecer completamente sobre uma grelha.

{recheio e cobertura - Buttercream}
Aqueça um tacho pequeno com água ao lume. Na taça da batedeira junte as claras, o açúcar e o sal e coloque a taça sobre o tacho, sem que a taça toque directamente na água.
Mexa energicamente com uma vara de arames até o açúcar dissolver por completo, cerca de 3 minutos.
Transfira a taça para a batedeira e comece a bater numa potência média-baixa.
Aumente gradualmente a potência até ao máximo e bata as claras até que fiquem brilhantes e formem picos firmes, cerca de 5-7 minutos.
Antes de juntar a manteiga a taça tem de estar fria ao toque. Use um pano húmido para arrefecer a taça.
Quando a taça estiver fria, ligue a batedeira numa velocidade média e adicione a manteiga aos poucos.
Deixe bater sem parar, por cerca de 10-15 minutos, até obter um creme liso e macio.
Adicione a essência de baunilha e volte a bater para misturar.

{montagem do bolo}
Corte ambos os bolos em duas metades iguais, obtendo um total de quatro camadas.
Espalhe 1 c. (chá) de buttercream no prato ou base onde vai servir o bolo (irá servir de "cola" para a primeira camada).
Coloque uma primeira camada de bolo no prato e espalhe sobre esta uma generosa camada de buttercream, usando uma espátula ou o saco de pasteleiro.
Espalhe sobre o buttercream 2 c. (sopa) do puré de pêssego reservado.
Repita o processo para as restantes camadas de bolo.
Preencha todo o bolo com uma fina camada de buttercream e com uma espátula alise o topo e em volta, até o buttercream ficar uniforme.
Coloque o bolo no frigorífico enquanto prepara os pêssegos caramelizados.

{pêssegos caramelizados}
Corte os pêssegos frescos em pequenas fatias finas.
Aqueça a manteiga numa frigideira anti aderente. Junte o açúcar mascavado e mexa com uma colher de pau até o açúcar derreter.
Adicione as fatias de pêssego e deixe caramelizar durante 2-3 minutos. Deixe arrefecer por completo.
Disponha as fatias de pêssego no topo do bolo juntamente com algumas amoras frescas.

Hambúrguer de Frango e Ras El Hanout em Pão de Beterraba


Com os dias mais quentes a pedirem refeições simples, a tendência por aqui é mesmo descomplicar. Entre saladas e algumas sopas, os grelhados também ganham o seu lugar na minha cozinha. Ainda que o consumo de carne seja cada vez menor cá em casa, dou sempre preferência às carnes brancas e deixo aquelas ocasiões especiais para matar saudades de um bom bife. A maioria das vezes acabo por grelhar um peito de frango ou peru, apenas temperado com sumo de limão, sal e pimenta, que sirvo acompanhado de uma salada. Mas como gosto de ser criativo, para evitar cair numa rotina e estar a comer sempre as mesmas coisas, nada melhor que um hambúrguer caseiro para trazer sabores diferentes para a mesa numa refeição simples e que agrada a todos. Assim, aqueles dois peitos de frango que eu iria acabar por grelhar foram transformados em quatro deliciosos hambúrgueres enriquecidos com ervas de Provence e Ras El Hanout, uma mistura de especiarias cujos cheiros e sabor nos remetem para terras do norte de África. Uma combinação de sabores perfeita!


Claro que um hambúrguer para ser diferente tem de ter um toque especial. E foi quando a Hellmann's Portugal me desafiou para elaborar uma receita, na qual usasse a verdadeira maionese Hellmann's, que eu me lembrei de criar estes hambúrgueres. Sem dúvida alguma que a maionese foi o molho perfeito para acompanhar esta refeição. Não quis usar um pão de hambúrguer normal e optei antes por um pão diferente, de beterraba, feito em casa e com mais sabor. Provei o pão de beterraba no jantar que assinalou o encerramento da 2ª edição da Rota dos Hambúrgueres Hellmann's, uma deliciosa degustação de hambúrgueres gourmet, com a assinatura do chef José Bengaló, que se realizou no acolhedor restaurante Café com Calma, em Lisboa. Adorei o sabor do pão de beterraba e fiquei com imensa vontade de o reproduzir em casa. Esta era a oportunidade perfeita e o resultado não poderia ser melhor. Um pão fofo, com um sabor suave a beterraba e que combina na perfeição com as especiarias que perfumam estes hambúrgueres. Sem dúvida, uma refeição a repetir!


Hambúrguer de Frango e Ras El Hanout

Ingredientes: (para 4 hambúrgures)
| 400 g de peito de frango picado
| 1 cebola pequena
| 1 ovo
| 1 c. (chá) de Ras El Hanout
| 1 c. (sopa) de Ervas de Provence
| 3 c. (sopa) de pão ralado
| sal q.b.
| pimenta acabada de moer q.b
| folhas de rúcula q.b.
| 1 tomate maduro
| 4 fatias de queijo Flamengo
| maionese Hellmann's®
| 4 pães de beterraba (ver receita abaixo)

Preparação:
Coloque numa taça o frango picado, a cebola também picada, o ovo, o Ras El Hanout, as ervas de Provence e o pão ralado. Mexa energicamente até todos os ingredientes ficarem bem incorporados.
Tempere com sal e pimenta acabada de moer e volte a mexer.
Pincele um grelhador com azeite. Com a ajuda de um aro metálico molde 4 hambúrgueres e leve-os a grelhar cerca de 2 minutos de cada lado.
Abra um pão ao meio e sobre uma das metades faça uma "cama" de folhas de rúcula. 
De seguida coloque uma rodela de tomate, a fatia de queijo, o hambúrguer e sobre este uma c. (sopa) de maionese Hellmann's®.
Tape com a outra metade do pão e repita a operação para os restantes hambúrgueres. 


Pãezinhos de Beterraba

Ingredientes: (para 6 pães de hambúrguer)
| 300 g de farinha de trigo s/ fermento
| 1 beterraba média (aprox. 100 g ) *
| 1 saqueta de fermento seco (cerca de 5-6 g)
| 1 c. (chá) de açúcar amarelo
| 100 ml da água de cozedura da beterraba *
½ c. (chá) de sal
| 1½ c. (sopa) de azeite + q.b. para pincelar
| sementes de sésamo preto q.b.

* NOTA: Pode optar por comprar a beterraba já cozida e conservada em frasco. Nesse caso, reserve 100 ml da água de conserva para usar na confecção do pão.

Preparação:
Numa taça coloque a farinha, faça um buraco no centro e reserve.
Num processador de alimentos triture a beterraba até ficar em puré e reserve.
Num recipiente pequeno coloque o fermento, o açúcar e 1 c. (sopa) de água da cozedura da beterraba e mexa. Deixe repousar durante cerca de 10-15 minutos, o tempo suficiente para que o fermento comece a actuar.
Junte esta mistura à farinha e adicione o puré de beterraba, a restante água, o sal e o azeite. Comece a mexer com uma colher de pau ou, se preferir, com as mãos.
Mexa e amasse durante alguns minutos até obter uma massa elástica e esta despegar das paredes da taça (se achar necessário junte mais um pouco de farinha).
Forme uma bola com a massa e deixe repousar num local seco durante 1½ horas.
Com as mãos, molde 6 bolinhas e disponha-as num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal.
Deixe repousar por mais 30 minutos.
Pincele as bolas com azeite e polvilhe com sementes de sésamo preto.
Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 25 minutos.

Popsicles Cremosos de Cereja e Matcha


Tenho andado meio ausente, quer do blog quer das redes sociais. Não é que não tenha vontade de partilhar aqui mais receitas e também de visitar com mais assiduidade alguns dos blogues que me inspiram, mas a verdade é que com a chegada do verão parece que o trabalho aumentou. As férias ainda são uma miragem e só chegam em Setembro, o meu mês de eleição. E com as férias dos colegas no trabalho, de repente vejo grande parte do meu tempo livre a ser ocupado. Obviamente que continuo a cozinhar, muitas saladas, frescas e coloridas, que é o que mais apetece nestes dias de calor. Os grelhados e as sopas também estão sempre presentes e, claro, não deixo de ligar o forno para fazer mais um bolo. Quer seja para satisfazer a minha gula ou para aqueles pedidos especiais de ocasião. Mas o tempo para fotografar, esse é que não tem sido muito.

Este é também o mês em que os nossos emigrantes regressam ao país para passar férias. Ora, tendo eu a maior parte da minha família mais próxima fora do país, aproveito todos os momentos para estar com eles e matar saudades. O meu irmão já veio e já voltou, e agora chega a minha irmã. Só consegui matar saudades do meu afilhado e do sobrinho mais novo. Os outros dois, filhos da minha irmã, este ano não vêm de férias por motivos profissionais. Talvez os volte a ver no Natal, se o destino permitir. Até lá, a saudade aumenta.


Entre uma e outra encomenda e as refeições normais cá de casa, nunca podem faltar os gelados. Afinal de contas é verão e nada melhor para refrescar do que um delicioso gelado. E de preferência sempre feito em casa e com o ingrediente principal que é o amor. Estes são sempre os melhores gelados. Os sabores vão variando conforme a disponibilidade da fruta que vai chegando. Desta vez quis aproveitar as últimas cerejas da estação. Vieram tarde mas este ano estiveram sempre presentes na minha cozinha. Algumas acabei por congelar para poder prolongar e saborear o verão mais tarde, quando chegarem os dias frios. A elas juntei o poderoso chá Matcha, cujo sabor me fascina e que não é mais que um chá verde mas com 10 vezes mais benefícios que o chá verde normal. Tem um grande poder antioxidante e devido à elevada concentração de clorofila ajuda a desintoxicar o corpo ao mesmo tempo que estimula o sistema imunológico. Já tinha experimentado este chá em smothies, em bolachas e também neste pudim e o resultado nunca desiludiu. Desta vez fiz uns geladinhos individuais cujo resultado ficou divinal. Bastante cremosos, devido ao abacate que juntei ao leite de coco e às cerejas. Uma receita deliciosa, completamente vegan e sem açúcar refinado, perfeita para celebrar o verão.


Popsicles Cremosos de Cereja e Matcha
(receita adaptada do blog With Food And Love)

Ingredientes:
| 300 g de cerejas
| 2 c. (sopa) de açúcar mascavado
| 1 lata de leite de coco (aprox. 400 ml)
| 1 abacate pequeno
| 1 pitada de sal
| 3 c. (sopa) de xarope de agáve
| 1 c. (chá) de Matcha

Preparação:
Lave as cerejas, retire-lhes os caroços e coloque-as numa caçarola.
Junte o açúcar mascavado e leve a lume brando. Deixe cozinhar até que fiquem macias, mexendo de vez em quando e esmagando-as com um garfo, durante cerca de 10 minutos.
Retire do lume e deixe arrefecer. 
Coloque as cerejas num robot de cozinha e dê alguns golpes de turbo, até ficarem quase em puré, mas ainda com pequenos pedaços. Reserve.
Num liquidificador coloque o leite de coco, o abacate, o sal, o xarope de agáve e o Matcha. Bata durante alguns segundos até obter uma mistura espessa e cremosa.
Divida a compota de cereja pelas formas de gelado e sobre esta verta a mistura de coco e Matcha.
Leve ao congelador durante pelo menos 4 horas ou de preferência de um dia para o outro.